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sexta-feira, 31 de agosto de 2012


 USO DO FERMENTO
O termo feromônio (pherein = transferir, hormon = excitar) foi criado em 1959 e definido como um sinal químico de ação intraespecífica, que pode atuar de forma prolongada na fisiologia e desenvolvimento de insetos, neste caso denominados "preparadores", ou provocar uma ação imediata no comportamento dos indivíduos, apresentando efeito tipo "desencadeador". Esses feromônios podem agir como atraentes sexuais, marcadores de trilhas, propiciar comportamento de agregação, alarme, dispersão, entre outros.

Os feromônios sexuais podem ser usados no monitoramento, confundimento e captura massal dos insetos-pragas com a finalidade de reduzir o nível populacional da praga e também a quantidade de inseticidas tradicionais aplicada nas lavouras. O monitoramento é a técnica que identifica o momento certo em que a praga entra na lavoura, em que nível se estabelece, como reage aos inseticidas e quais são os seus ciclos de vida. O confundimento consiste em aplicar, num momento crítico de crescimento da população da praga na lavoura, uma grande quantidade de feromônio sexual, por um certo período, impedindo que o inseto encontre a trilha de feromônio natural que está sendo emitido por um indivíduo de sexo oposto, impedindo assim que haja o acasalamento. Na captura massal usa-se um grande número de armadilhas contendo feromônio, esperando interromper o crescimento populacional da praga, impedindo que haja dano econômico na cultura.

Desde a década de 70, os feromônios têm ganhado considerável interesse como alternativa frente aos inseticidas convencionais e vêm se tornado uma área importante dentro da química de produtos naturais. Os feromônios são únicos para cada inseto, ou seja, cada espécie possui o seu próprio "código" de comunicação baseado nas diferenças estruturais dos compostos, ou na proporção desses compostos. Isto é necessário para que na natureza não haja reprodução ou outro tipo de interação entre indivíduos de espécies distintas.
 
A utilização de reações catalisadas por enzimas isoladas ou microrganismos tem se tornado mais popular devido à alta estereosseletividade que estas apresentam. O fermento de pão, Saccharomyces cerevisiae, é um dos biocatalisadores mais comuns, devido principalmente a: fácil disponibilidade; o baixo custo; não requerer instrumentos especiais; o manuseio dispensa a ajuda de um microbiologista ou técnicas da microbiologia; fácil manipulação; não ser patogênico; eficiência em relação a catalisadores convencionais e poder trabalhar à temperatura ambiente.
No entanto, algumas desvantagens do uso do fermento de pão são: pouca solubilidade em água do substrato orgânico (podendo-se utilizar etanol ou outros co-solventes; presença de um sistema multienzimático intra e extracelular (assim, a seletividade pode algumas vezes ser aumentada pela modificação no substrato, ou mudanças no meio reacional e/ou adição de inibidores); existência de diferentes cepas (podem interferir na reprodutibilidade do experimento).

 

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