USO DO FERMENTO
O
termo feromônio (pherein = transferir, hormon = excitar) foi
criado em 1959 e definido como um sinal químico de ação intraespecífica, que
pode atuar de forma prolongada na fisiologia e desenvolvimento de insetos,
neste caso denominados "preparadores", ou provocar uma ação imediata
no comportamento dos indivíduos, apresentando efeito tipo
"desencadeador". Esses feromônios podem agir como atraentes sexuais,
marcadores de trilhas, propiciar comportamento de agregação, alarme, dispersão,
entre outros.
Os
feromônios sexuais podem ser usados no monitoramento, confundimento e captura
massal dos insetos-pragas com a finalidade de reduzir o nível populacional da
praga e também a quantidade de inseticidas tradicionais aplicada nas lavouras.
O monitoramento é a técnica que identifica o momento certo em que a praga entra
na lavoura, em que nível se estabelece, como reage aos inseticidas e quais são
os seus ciclos de vida. O confundimento consiste em aplicar, num momento
crítico de crescimento da população da praga na lavoura, uma grande quantidade
de feromônio sexual, por um certo período, impedindo que o inseto encontre a
trilha de feromônio natural que está sendo emitido por um indivíduo de sexo
oposto, impedindo assim que haja o acasalamento. Na captura massal usa-se um
grande número de armadilhas contendo feromônio, esperando interromper o
crescimento populacional da praga, impedindo que haja dano econômico na cultura.
Desde
a década de 70, os feromônios têm ganhado considerável interesse como
alternativa frente aos inseticidas convencionais e vêm se tornado uma área
importante dentro da química de produtos naturais. Os feromônios
são únicos para cada inseto, ou seja, cada espécie possui o seu próprio
"código" de comunicação baseado nas diferenças estruturais dos
compostos, ou na proporção desses compostos. Isto é necessário para
que na natureza não haja reprodução ou outro tipo de interação entre indivíduos
de espécies distintas.
A
utilização de reações catalisadas por enzimas isoladas ou microrganismos tem se
tornado mais popular devido à alta estereosseletividade que estas apresentam. O
fermento de pão, Saccharomyces cerevisiae, é um dos biocatalisadores
mais comuns, devido principalmente a: fácil disponibilidade; o baixo custo; não
requerer instrumentos especiais; o manuseio dispensa a ajuda de um
microbiologista ou técnicas da microbiologia; fácil manipulação; não ser
patogênico; eficiência em relação a catalisadores convencionais e poder
trabalhar à temperatura ambiente.
No
entanto, algumas desvantagens do uso do fermento de pão são: pouca solubilidade
em água do substrato orgânico (podendo-se utilizar etanol ou outros
co-solventes; presença de um sistema multienzimático intra e
extracelular (assim, a seletividade pode algumas vezes ser aumentada pela
modificação no substrato, ou mudanças no meio reacional e/ou adição de
inibidores); existência de diferentes cepas (podem interferir na
reprodutibilidade do experimento).
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